3.24.2011

Pluralidades

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A pluralidade das coisas é desconcertante,
Como é desconcertante que isso lhes faça singular.
Seus detalhes e sentidos,
Razões e loucuras e doçuras,
É o que lhes empresta a doce certeza de ser único.
A essa única combinação de características que as faz,
À nós, resta-nos apenas olhar,
E reconhecer a singularidade dentro da pluralidade
E sorrir satisfeito
Por não viver em um mundo feito de tédio.

Estranha

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De onde venho, que não me lembro?
Infância tive, ou são essas memórias, sonhos?
Ou memórias d efilmes de outrem?
Onde ficou aquela que fui?
(Não que eu lhe sinta a falta)
Onde dei o derradeiro passo que me transformou?
Tudo me é estranho,
mas familiar no toque.
Desconforto...

Sem raça definida: brasileira

Meu rosto não tem cor
sou branca, preta, amarela,
azul, roxa e rosa
verde, talvez, como a bandeira de meu país.
Eu sou do Brasil
 
Meu rosto não tem etnia
sou européia, negróide,
sou sulamericana,
forte como a raça de meu país.
Eu sou do Brasil
 
Meu rosto não se enquadra,
só me descobrem quando falo
com meu sotaque cadenciado
como a bela língua de meu país.
Eu sou do Brasil.
 
Meu rosto não tem raça definida, neu eu,
mas tem os traços de vida,
de milhas e milhas de amor,
como as milhas de distância que tenho da minha terra.
Eu sou brasileira.