12.28.2009

Gray Day


The day is gray, full of clouds, windy, not pleasant. In the horizon, the sun was trying to escape the clouds' blockage, but was successful just for a few minutes, in its way up. I was saddened with that. After two days of rain, and low clouds, I was desiring some sun.

I had to go to work, I have to work. Yet. I would like to be home, taking care of things for the New Year coming soon. I mean, cleaning, organizing, throwing away or giving away. I believe that, the way you have your home, yourself, and whatever you do in the first day of the year will kind of decide how your new year will be. I intend to go out to a nice place on January 1st, spend time with friends and family, think, read, write, paint.

I am lonely today. Expecting something exciting, new, beautiful to happen. Anything. Gray days make me lonely. I need today to rush through, so, who knows, tomorrow the sun will win the battle with the clouds, and its warmth will warm up my frigid soul. Frigid today, only.


12.18.2009

VOTE Pré-indicação ao Press Award 2010

VOTE: http://www.pressaward.com/votacao.php
Item 16. Contadores de Histórias (está grafado errado-it's is mispelled)

É com grande satisfação que venho comunicar a pré-indicação do Projeto Contadores de Estórias ao prêmio Press Award 2010 em Miami. Por favor, não deixe de votar em um projeto de sua comunidade!!
A pré-indicação, espontânea, por si só, já é um reconhecimento de nosso trabalho voluntário, desenvolvido ininterruptamente desde 2003, e que tem como objetivo maior a disseminação da cultura brasileira e da língua portuguesa entre as crianças brasileiras. Acho que estamos indo na direção correta, e quem sabe, a caminho da concretizaçào das aulas de português como língua de herança em nossa comunidade.
O Contadores de Estórias começou pequenino, mas vem se tornando a semente de educação que nossa comunidade precisa. Educação é a base ideal para o desenvolvimento de uma comunidade organizada, firme, sadia e politicamente ativa.

Obrigada à todos pelo apoio durante todos esses anos, e pelo seu voto.

Eu e a equipe do Projeto Contadores de Estórias

Para votar no Contadores, visite http://www.pressaward.com/votacao.php. Por favor, indique aos seus amigos.


12.17.2009

A Bola Negra, por Valeria Sasser


Não ouvia direito havia já um bom tempo. Os diálogos das novelas já não lhe eram claros e precisos. O marido, um grosso, ficava ainda mais grosso cada vez que ela pedia para ele repetir o que dizia. O netinho, bem pequeno, falava bem alto, porquê já tinha percebido o probleminha da avó.
A avó era um senhora bem apanhada, com o cabelos grisalhos sempre arrumadinhos, cheirosa, limpinha, e também assim trazia sua casa, sempre em ordem e asseada. Era de um capricho só. Mas parecia que estava ficando surda mesmo, uma pena.
A situação estava ficando insustentável, quando ela finalmente, pediu que a filha a levasse ao otorrinolaringologista (ela achava essa palavra dificílima, e a repetia sempre que possível para mostrar sua habilidade com a pronúncia).
Era um fim de tarde meio chuvoso, inverno, dias longos, e lá foram as duas para o otorrino.
O médico, bem paciente, repetia alto o que ela não entendia, afinal estava bem acostumado com pacientes meio-surdos, quando não completamente surdos.
Começou, então, o exame. De repente, o médico parou, deu uma olhada interrogativa à senhora, girou no banquinho, pegou um instrumento estranho na bandeja em cima do balcão, e tornou à ela. Com cuidado, enfiou aquele instrumento no ouvido da senhora, que se assombrou. Com mais cuidado ainda, foi retirando de volta o instrumento.
Na ponta no mesmo, veio uma massa negra meio oval, parecia um girino, com rabinho e tudo. Era enorme e, de cara, não dava para distinguir o que era. A senhora pensou que o netinho lhe havia enfiado uma bola de gude no ouvido enquanto dormia, mas logo descartou a idéia. A filha, do outro lado da cadeira, olhava com olhos esbugalhados, sem fala, aquela coisa que saiu de sua mãe. Que coisa esquisita, parecia um bicho morto. Ela também achou que parecia um girino.
O médico esplicou-lhe que era uma bola de cera ancestral que estava em seu ouvido, e que por isso sua audição estava tão ruim.
A massa negra, então, saltou do instrumento enquanto o médico falava e rolou oblongamente na direção do ralo do consultório, vagarosamente escorregou pela abertura, caiu pesada no fundo e lá ficou, olhando os três humanos com cara de pastel cá em cima. O médico abriu a água da pia e essa, pelo ralo, carregou a bola de cera pra longe.
O médico ainda lhe dava alguns conselhos sobre higiene auricular, mas a senhora, muito envergonhada, já estava vestindo o casaco e agradecendo enquanto saía, após ouvir alto e claro tudo que lhe foi dito, logo à ela, tão limpinha, tão asseada.

12.03.2009

Weird People on The Plane

She sat, opened her purse, and pulled a package with sanitizing wipes and a blue glove. She put on the gloves, opened the package, removed some wipes, and cleaned all aropund her: the little table, the handles, the belt , the knuckle, the back of the seat in front of her, and the one on the side. She, then, stored the used wipes in a plastic bag inside the purse, following with the wipe package and the glove.
Someone coughed a couple of times behind her, and she stretched her turtleneck over her mouth and nose in disgust.
Then, she accepted the packaged cookie the flight attendant offered to her. When she opened the package, one of the cookies jumped out of the package and landed in the cushion of the empty seat beside her. She picked up the cookie, in a reflex, and ate.



Hope

I was walking around the block, to breath some fresh air and clear my head of state thoughts, feeling as miserable as a human can feel. It was really cold and windy, adding to my hopelessness.
That's when I saw them, a couple in rags, pushing a supermarket cart with their belongings. They were holding hands and they had sparking eyes, despite the cold wind on their face, pushing their dirt hair backwards. They were oblivious to the temperature, to me, to everything: they had each other.
How could I feel miserable? I have seen the face of hope.






Medo do quê?


Medo de quê?
O que há no escuro?
A escuridão que esconde.
Esconde o quê, que se tem medo?
Seus próprios segredos?
Não, a escuridão de não ser.
Portanto, luz faz do homem ribalta.





Dive within

Dive in you.
Dive in the most of you
Discover, within, the truth
without make-up.
Look through the belly button
from inside
it must be like a picture
in a pin head
From within, stretch your arms,
Reaching for something else.
It hurts,
but the person inside will follow
and the future will be complete
in two.

11.29.2009

Absurdos do Brasil

Veja no vídeo abaixo o quanto custa por ano cada parlamentar brasileiro. Na casa dos milhões!!!
Depois, decida se você vai reeleger alguém.
Eu não vou.

Veja quanto ganha o político no congresso americano:
As of 2008, rank-and-file members of Congress received a yearly salary of $169.300 per year. Congressional leaders are paid $183,500 per year. The Speaker of the House of Representatives earns $212,100 per annum. The salary of the President pro tempore for 2006 is $183,500, equal to that of the majority and minority leader of the House and Senate.[39] (From Wikipedia, 2009)

Ou seja : R$ 295.259,20 por ano (dólar - R$1,744). Salário fixo. Ok, ok, pode dobrar se quiser considerar impostos e outros, ainda assim. E os funcionários de gabinete são do Congresso, não deles, sem nepotismo, etc.

Ignore os erros de Português, porque a informação é do Bom-Dia Brasil.

Tupi-Guarani

See how interesting this blog, where you can access videos to learn the language Tupi-Guarani, the native language of Brazilian indians of most influence in the Brazilian Portuguese. Very interesting, with several words we, Brazilians, know and use all the time. Browse for other lessons. Have fun!
(The video is in Portuguese-Tupi-Guarani)

http://na-oka-do-velho-anciao.blogspot.com/



10.27.2009

Baía

Olho a baía e penso no engano de suas águas calmas: serenas, mas terrivelmente frias, à ponto de matar um incauto qualquer. Assim, na superfície, tudo parece bem, até que é necessário o mergulho.
E assim são também muitas pessoas, muitas situações.
Eu sei disso tudo, mas meu espírito humanista não me deixa achar isso normal, comum e esperado. O esperado tem de ser o bom, o fiel, o justo, o louvável, o honesto. Acima de tudo, o honesto e o justo. Nem sempre conseguiremos alcançar tal ideal, mas é importante saber que esse foi o fim tentado. Os humanos não podem esquecer que vivem (e, posso dizer, dependem) de outros humanos na vida. Somos, sim, politic beings, mas será que é só isso? E no apagar das luzes, era isso mesmo que se queria, o fim em si? Eu duvido!
No fundo, a baía tem vida, peixinhos, apesar de fria. Será que há vida também dentro dessas pessoas, ou são os tais peixinhos meros frutos de adaptação ao inevitável, e eu que sou a boba de plantão? Será que estou viajando demais? Ou lendo filosofia mais do que devia?

9.23.2009

Desengano

Diz-lhe desenganada, e ela carrega a palavra pesada como um se fosse um piano nas costas. É muito pesada a perda das ilusões, o desengano. Caminha vagarosa, tentando entender sua própria conclusão dos fatos absurdos que vêm lhe acontecendo e era isso: estava se desenganando e não sabia como proceder. Por vezes, viver enganada é a melhor opção. Desde que não se saiba enganada, claro, porque simples como o raio de sol é o fato de que a ignorância é a mãe da felicidade. Mas essa não lhe era mais uma opção nesta vida. A opção era só continuar. Sem saída, só lhe restava respirar fundo e avançar cautelosa, não mais enganada, mas desenganada dos cânceres que a cercavam. Caminhou, e aos poucos encontrou seu rumo sem ilusões. E era tão boa essa sensação de ter sentido de novo. Doeu, mas valeu.




Google














8.21.2009

Palette

The writers, as the painters, have their own palette. A certain set of words, intertwined, mingled and woven in a fabric of thoughts on paper, creating different tones, and different rhythms according to the combination proposed. Exactly like colors. They use several others, obviously, but those basics, primaries, are always there, creating an identity, a familiarity of sound with inexplicable life by itself.
But, overcoming themselves sometimes, they digress and use different words, like different tones, and inaugurate a new phase of their writing. They write with someone else’s words, which, in turn, become theirs for life. In these occasions, a new phase starts. Their Blue phase. Their Abstract phase.
Writers, as painters, start with a blank page, a white canvas in front of them. The words start running with precision, creating images, sounds, sensations, a copy of reality. Sometimes, a mixture of colors, emotions, confusion and darkness, creating an abstraction of humans’ feelings. Exactly as painting.
Sometimes, as the painters, the writers make mistakes, and get carried on with their hands, putting too much color, or lack of, in one point or another. Also as the painters, writers, sometimes, dislike what their work, don’t consider them good enough, even though all the familiar colors and techniques are there.
That’s when they are surprised by someone else’s preferences, and realize human beings are diverse. Exactly as the painters.

8.19.2009

Veja o Senado que tens...

Vai lá e vota neles... Você vem dizendo, em protestos e demonstrações, que está insatisfeito com aquela mutreta toda e veja o que fazem: ignoram suas preferências, quando são pagos para defendê-las.


http://oglobo.globo.com/pais/mat/2009/08/19/conselho-de-etica-do-senado-rejeita-reabertura-de-acoes-contra-sarney-757471103.asp

NÃO RELEJA NINGUÉM!!!!!

8.17.2009

Silence, all right.



Monday, dreaded. Where is my life?, I must ask.
Because I can't see much purpose, or better, reasoning in all that.
If my accent is the main trace that will be the parameter used to judge me, I better off be silent and accept whatever comes. The problem is that it is impossible for me.
With all this life pulsing, and pushing inside, being silent is unbearable.
I mean the silence that kills a person, the silence of ideas, of reason, of culture, or constant learning. The forced silence.
The silence of being is what kills, not the unuseful verborragic senseless words I used to say.
We all used to say at one point or another.
If someone could tell me how to stop my brain, maybe I could accept this quietly; but silence is demanded without shutting me off. Forget it.

8.13.2009

Não reeleja ninguém - Passe essa idéia adiante




Olá Brasileiros,


NÃO REELEJA NINGUÉM NAS PRÓXIMAS ELEIÇOES


Acredito que essa seja a solução, pelo menos imediata. A longo prazo, com educação e inclusão, poderemos incutir nos brasileiros a idéia de controlar e verificar o que seus candidatos andam fazendo. Mas do jeito que está hoje, só mostrando à eles o que pensamos, tirando-os de lá. Desculpe uns três parlamentares que ainda são honestos, mas como sempre, o justo paga pelo pecador. Não existe tempo hábil de separar o joio do trigo.



8.10.2009

Pequena história do Português II

Séculos mais tarde, Portugal torna-se uma nação, ao mesmo tempo que o Português ganha status de língua: enquanto Portugal estabalecia suas fronteiras no século XIII, o galego-português firmava-se na literatura.

Três séculos depois, Portugal ”lançou-se ao mar” e realizou suas formidáveis conquistas, também levando o Português a remotos cantos do Globo: Guiné-Bissau, Angola, Moçambique, Singapura.Índia e Brasil, para citar alguns exemplos.

Bem mais tarde, essas colônias tornaram-se independentes, mas a líingua foi mantida. Hoje, são oito os países de língua portuguesa oficial: Brasil, Portugal, Angola, Cabo Verde, Moçambique, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe e Timor Leste.

No próximo post começo com a história interna da língua. Até breve.



FONTE: Escrevendo Pela Nova Ortografia, Instituto Antônio Houaiss (Coordenação e Assitência de José Carlos de Azeredo), 2a Edição, São Paulo, Publifolha, 2008. – Encontra-se esse livro facilmente. Eu comprei na Siciliano do Plaza, em Niterói.

8.05.2009

Pequena história do Português


A origem do português é o latim, antiga língua falada no Lácio, região central da Península Itálica. Em meados do século VIII a.C., Roma foi fundada nessas terras e esse foi o início de uma notável civilização. Com o passar do tempo e a expansão do Império Romano, o latim foi se espalhando, atingindo locais cada vez mais distantes.


Quando os Romanos chegaram na Península Ibéria, encontraram diversos povos, conhecidos segundo as designações dadas pelos Romanos. Ao norte do Rio Douro, estavam os Gallaeci. Da área central do Douro, em direção ao Sul estavam os Lusitani. Mais abaixo do Rio Guadiana estavam os Celtici. Subjugados pelo conquistador, aos poucos esses povos começaram a usar o latim, abandonando pouco a pouco suas línguas próprias.

Portanto, não foi o latim clássico, falado pelas classes romanas mais abastadas e pelos grandes escritores, que penetrou na Península Ibérica, mas sim o latim popular, falado pelas tropas invasoras. Esse latim sobrepôs-se às línguas nativas e com elas mesclou-se, originando os dialetos que viriam a se chamar romanços ou romances (do latim romanice, ‘à moda dos romanos’)


Com a ruína do Império Romano no século V, os romanços passaram a diferenciar-se cada vez mais, dando origen às chamadas línguas neolatinas ou românicas: italiano, francês, provençal, espanhol, português, romeno, rético, sardo, etc. – Continua...

FONTE: Escrevendo Pela Nova Ortografia, Instituto Antônio Houaiss (Coordenação e Assitência de José Carlos de Azeredo), 2a Edição, São Paulo, Publifolha, 2008. – Encontra-se esse livro facilmente. Eu comprei na Siciliano do Plaza, em Niterói.


7.25.2009






My memory takes me to the bucolic place in this picture. I know the everyday is not like that, but I prefer to remember it the way I knew, calm, beautiful.




Rio is a place to visit in the winter, with these amazing blue sky, warm enough weather, and beautiful yellow sun. This is Niterói, my home town. Icaraí beach, the MAC.










7.20.2009

Primeiros raios de sol...

Estava cansada de ver a alvorada da varanda de seu apartamento, mas ainda se encantava com a beleza serena que subia do horizonte; gostava da antecipação, antes do sol mostrar a cara. O oceano, variando do preto à cor de ardósia; o céu, inicialmente azul marinho, empalidecendo até virar azul céu, diluído pela luz que começava dourada, tornava-se laranja-dourada, e depois virava um dourado pálido, como ouro dez quilates, ao meio-dia. A areia da praia, de cinza escuro, aos poucos revelava seu branco, nos vales e montanhas das pegadas humanas ali impressas. Era muito lindo.
Sabia o quanto era privilegiada por ter visto dali o nascer do sol tantas vezes, mas hoje era diferente. Estava amanhecendo o domingo de carnaval na Cidade Maravilhosa. Ela tinha contado as horas. Os minutos. A madrugada, havia tempos, não lhe era tão longa. A noite passava rápida no sono, o tempo tinha outra velocidade quando adormecida. Só que o sono não havia lhe visitado naquela noite.
Ainda não sabia bem o que iria fazer. O primeiro raio de sol fez brilhar uma lágrima teimosa, ainda no canto do olho. Ela enxugou o olho com as costas da mão, continuando no mesmo lugar, paralizada pela beleza e pelos pensamentos que corriam em velocidade vertiginosa em sua cabeça. Queria desligar.
Hoje, domingo de carnaval, havia de determinar seu futuro, enquanto o resto da cidade tinha paralisado quaisquer determinações até a quarta-feira ao meio dia. Para alguns, até o próximo domingo.
Algumas pessoas atravessavam a avenida ainda escura, outras já caminhavam ou corriam no calçadão, nessa manhã bem vazio por causa do feriado prolongado. De onde estava, só via suas silhuetas contra o nascituro sol. Pareciam santos, com halos de luz dourada ao redor deles. Melhor estaria ela se estivesse lá com eles, correndo. Se corresse pra sempre.
Mas o bebê estava dormindo o sono despreocupado dos bebês no quarto ao lado e não podia deixá-lo só em casa...

Exercite sua imaginação...O que ela fez???? Me diga... Já escrevi a continuação, mas quero ouvir sua opinião.





Google














Beringelas

As beringelas maduras,
Polidas faces escuras,
Espalhadas na mesa.
Óleo, sal, temperos,
Colher de pau, chama acesa.
E Tomates maduros,
Carnudos, carmin.
A panela polida
E a menina querida
Que se ocupou de mim.


7.19.2009

Basically, the waves touch the sand the same way everywhere, but I long the familiar ones. In Carmel-by-the-Sea, California, the sand is fairly white, and the surf even whiter, but I long Saquarema, Rio de Janeiro. Why?
I have this much of access here, however long the inaccessible.






Google














7.17.2009

No title, just watching...


I don’t fit the sterotype
Of the poet.
I like cashmere,
Dark jeans and heels.
I like pashmina,
White button-down shirt
Pencil skirts
And Loubotins.
I don’t do drugs,
Don’t drink much.
Don’t need silence,
Neither solitude to write.
Just need sea and sun,
Boredom and fun,
Paper and pen,
And my old brain.




Google














Inverno carioca

O Rio, visto de cima, é só beleza. Cada curva, de cada montanha, tem uma poesia própria. O mar, banhado de sol ou não, tem uma cadência peculiar, um ritmo suave, que combina com a areia branca e o céu azul, mesmo sob o tímido sol de inverno. Aliás, inverno no Rio de Janeiro dura três semanas...
O contorno do litoral, bem delineado, a vista possível quando se voa de ponte-aérea, me lembra contornos femininos, definindo bem o feminino da cidade. O Rio de Janeiro é uma mulher.
O Rio é mesmo mais bonito no outono-inverno, menos agressivo, menos suado, mais suave, mais agradável.
Vim porque preciso, mas estou pronta para voltar agora mesmo. Vamos logo com isso.





Google
















6.19.2009

Finishing

All of a sudden
The touch wasn’t warm anymore;
The hug wasn’t close;
Holding hands weren’t tight.

All of a sudden,
The eyes didn’t shine;
The body didn’t tremble;
Smiling wasn’t natural.

If this is the end,
I must say, it is pretty sad.




Google















BY THE WINDOW IN BOTAFOGO

The Sugar Loaf was much bigger
Than my memory had registered.
Shiny by the rain
Running down the black stone.

On the bay, hundreds of masts
And white sails moving back and forth
Seemed talking
The mysterious language of the sea.

I was talking to my long time dear friend
About trivialities of life:
Dreams deferred that didn’t explode,
Broken hearts, successes failed.

I impatiently moved my hands
And my fingers found my wedding ring,
Under the table, out of sight.
For a moment, secretly,
(And peacefully) I loved you intensely
In a far away land.

4.27.2009

What If


What if I could fly,
Go away, far,
And return amazed,
Slowly soaring over mountains and country plains,
After seeing another point-of-view?

What if I could change
In a glimpse, into a fast animal,
Or a cuddling bear,
Then after soothing,
Or attacking,
I would serenely sleep
Immersed in my own raw nature?

What if I could think better,
Speak better words;
Promote change;
Or reconciliation;
Or peace;
Through the power of my discourse?

What If I could?

And after that,
What else?

2.23.2009

Self-Locking

He wanted to speak
But the voice was locked inside;
He wanted to write,
But the pen refused to give form to his thoughts;
He wanted to breathe fresh air, inspiration,
But the wind was too strong to take in;
He wanted to fly high, far,
But the ancient anchor he once attached to his legs,
Is weighting down now.
He wanted to fly,
But buried his legs too deep in the ground.
And his mobility has been affected ever since.




Google















1.23.2009

Estranho Sentimento

De tudo, o que dói mais é a sensação de ter falhado, de não ter uma vida em meu próprio país. Ter de voltar para casa em outras terras é atestado de minha incompetência passada. O que dói mesmo é "ter de". Queria ficar, queria respirar aqueles ares tropicais que não me machucam o nariz, sentir o spray das ondas no corpo quente de sol, o spray para refrescar a caminhada no Posto 9, ver a cidade linda no sol de verão. E de outono, inverno e primavera também.
Ter de voltar para o frio, o seco, essas pessoas frias e secas, em sua maioria, significa que não fui capaz em meu próprio país. Meu coração parece uva-passa...

Mas, se eu sento e penso com mais calma, me pergunto: ou será que foi o país que não me foi generoso? Ou era incompetente demais quando eu precisei dele?

A refletir...





Google
















Beyond the tempest

The sun, high, high,
hot, hot,
the sky blue, blue
And there we were
planing futures beyond us
bright futures
attractive possibilities
under the current dark clouds.





Google