8.23.2005

Assim, do nada

Bem ali estava,
Envolvida ainda em sedas macias
E perfumes raros.
Bem ali estava,
Lendo um bom livro e
Ouvindo música suave.
Ali, bem ali estava,
Quando o vento do desenrolar de fatos bravios
Soprou em minha direção
E susteve no ar toda a emoção reconstruída a duras penas
E reteve a respiração,
Esperando o momento do abate.
Que nunca vem, nunca chega
E faz a vida ter essa sensação de urgência,
De coisa ferida, desenganada.
E é sempre assim, do nada,
Do obscuro mundo do nada.
E emperra a criatividade tão necessária.

1 comment:

Anonymous said...

Hello, I really like it. It makes me feel a little sad a little nostalgic.
Keep your work on.
Congratulations.